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Entrevista | Narcizo Parisotto vê injustiça contra Moisés e afirma estar disposto para 2022

Por: Marcos Schettini
22/04/2021 16:38 - Atualizado em 22/04/2021 20:12
Eduardo Guedes/Agência AL

Presidente do Partido Social Cristão de Santa Catarina, deputado estadual por seis mandatos, missionário da Igreja do Evangelho Quadrangular, Narciso Parisotto concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini e deu seu panorama de alguns pontos do atual debate catarinense.

Político com forte experiência legislativa, comentou sobre a atuação dos três senadores em Brasília que, segundo Parisotto, dão um excelente respaldo nos anseios dos cidadãos, da mesma forma diversos deputados federais e estaduais.

Homem religioso e de fé em Deus, diz observar “grande injustiça” com o governador Carlos Moisés e afirmou que Daniela Reinehr não tem condições de governar Santa Catarina. “Ela deveria pedir licença e dar ao deputado Mauro de Nadal, que preside a Assembleia Legislativa, a condução do Estado. Até para mostrar que é desapegada ao poder”, disse.

Após eleger seu sucessor na Alesc, o deputado Jair Miotto, Narciso Parisotto se diz disposto em disputar as eleições em 2022 para fazer política voltada ao cidadão. Confira:


Marcos Schettini: Por que o Sr. está meio distante do debate em SC?

Narcizo Parisotto: Não estou distante. Pelo contrário, estamos correndo todo o Estado para fortalecer o PSC que saiu da última eleição municipal muito mais forte. O partido olha agora as eleições estaduais do ano que vem e tem um projeto político muito bom para fortalecer a cidadania. Estamos organizados em vários municípios porque defendemos os valores cristãos e, apenas por isso, temos uma bandeira de verdades, fé e respeito pelo ser humano.

Schettini: O que é respeito pelo ser humano que o Sr. fala?

Parisotto: Respeito é, antes de mais nada, não mentir para o cidadão. Vivemos uma deformação de valores e falta de crédito em tudo. O cidadão é o alcance final dos bons resultados que a política deve produzir. A política deve ser levada a sério e temos que mostrar isso todos os dias. Tudo, absolutamente tudo, passa pela política. A moradia, educação, saúde, o transporte, o alimento e o lazer. As ações devem ser para trazer felicidade e uma vida com dignidade. Há caminhos para fortalecer o bem na vida de todas as pessoas. E é na política que temos que buscar este sucesso humano para uma cidadania fortalecida, conceder alegria de viver, ver sua casa feliz, sua família crescendo. Se não é isso, então para que serve a vida pública?


Schettini: Quando se fala em política ninguém acredita. Por quê?

Parisotto: Porque quem se elege dá desfalque na sociedade, ou seja, diminui seu interesse em fazer o que é correto, transparente, valoroso para as pessoas. A política sofre com o crédito porque há muitos enganos. Mas temos um leque de bons políticos em SC. Olha o trabalho extraordinário que o Jorginho Mello, Dário Berger e o Esperidião Amin têm feito em Brasília. Eles se dedicam, fazem tudo para melhorar a vida das pessoas. Não é porque eles são de outros partidos que não possamos ser justos em reconhecer o talento político que demonstram todos os dias.


Schettini: E as bancadas de deputados federais e estaduais?

Parisotto: Cada um tem um estilo e uma dedicação a esta ou aquela causa, mas são responsáveis pelo que fazem. Um se destaca mais outros menos, mas podem desenvolver um grande trabalho em favor do cidadão. Olha aí o que estamos vivendo em SC com o afastamento do governador. Aliás, quero deixar claro aqui que estão cometendo uma grande injustiça diante de Deus, inclusive. O que se vê é um golpe que estão dando a um bom homem. Você fala de golpe quando leio tua coluna e assino embaixo. Estão desrespeitando o governador que teve a maior votação da história de SC.


Schettini: Como o Sr. vê a vice que está interinamente respondendo pelo governo?

Parisotto: Ela mesma deveria ser a primeira a defender o Carlos Moisés. Ela sabe que ele é um homem honesto e verdadeiro, mas está se escondendo em um jogo perigoso para a própria consciência dela. Está se cercando de pessoas viciadas na política e manchando a história de SC. Ela deveria pedir licença e dar ao deputado Mauro de Nadal, que preside a Assembleia Legislativa, a condução do Estado. Até para mostrar que é desapegada ao poder. Mas não é assim que tem feito. Tirou pessoas sérias de pontos importantes de modo desrespeitoso e afrontando as pessoas. Ela, qualquer pessoa inteligente sabe disso, não tem condições nenhuma de dirigir um Estado tão grandioso e de valor como Santa Catarina. É comandada por trás das cortinas porque é frágil, não conhece absolutamente nada e precisa de um que comande as ações que ela tem feito.

Schettini: Por que o Sr. olha ela com este raciocínio?

Parisotto: Porque não tem sentido ela afrontar todos com esta mudança radical que ela fez em várias partes sem saber o resultado final do Tribunal de Especial de Julgamento. Principalmente agora que todos os órgãos de controle, o arquivamento do processo pelo STJ, tudo converge para devolver par a ele o mandato. Até mesmo os desembargadores sabem que ele é inocente. Ela sabe, todos sabem. Então por que ela não esperou o resultado? Porque é fominha por poder. E olha quem está por trás disso? Todos sabem quem está tramando toda esta vergonha que SC está vivendo. Vocês jornalistas já propalaram muito isso. Então isso tudo é um grande e fraudulento golpe.


Schettini: Como o Sr. vê o governo de Jair Bolsonaro?

Parisotto: O presidente tem erros e acertos. Mas pode melhorar muito em várias situações. Eu sou evangélico, sigo muito o meu entendimento cristão. Tem situações que precisam ser mudadas, valorizar a família, fortalecer o pensamento cristão na vida dos brasileiros. Tem coisas que ele não precisa dizer, mas quando diz, gera muitas consequências porque é um presidente de um país grandioso, com dimensões continentais suficientes para poder dar ao seu povo muitas conquistas. Não se pode perder tempo com coisas menores, não importantes. Mas fazer acontecer. O ano que vem tem eleição e pode fazer muito ainda. Vivemos em uma pandemia que demorou muito para ser levada a sério e no combate necessário.


Schettini: E por falar em eleição, onde o Sr. entra?

Parisotto: Eu sou um homem que tenho muito a contribuir. Estou presidindo um partido e temos um deputado como o jovem Jair Miotto que tem feito defesas de grandes valores de família e cidadania. Ele disse para mim que quem fala em nome do mandato dele é o partido. Lembrando que tudo o que realiza no seu trabalho legislativo, seja dentro da Alesc ou não, segue a orientação do partido. Em nome do partido, vamos procurar as lideranças para contribuir com nossa presença partidária ou pessoal em qualquer espaço. Posso disputar para deputado federal, senador, vice ou até mesmo como governador. Estou completamente tranquilo sobre isso. Eu estou totalmente disponível.


Schettini: E esta pandemia?

Parisotto: Nós demoramos muito para enfrentar esta doença. Poderíamos ter dado um discurso em favor da vida. Eu sou um pastor de Nosso Senhor Jesus Cristo e ele defende a vida e, justamente por defender a vida, deu a dele em nossa salvação. A vida é o nosso maior bem e nada está acima disso. A vacina é uma bomba atômica para liquidar este vírus maldito e devolver nossa vida à normalidade. Temos que ter coragem, sermos sérios e atenciosos com os desprotegidos. A fome está grande. Viajo muito e tenho notado o crescimento de pessoas pedindo atenção, seja nos semáforos ou nas calçadas. Estamos vivendo dias de preocupação. Mas tenho fé que todos nós vamos seguir respeitando as medidas de proteção, tomarmos a vacina e não esquecer nossos irmãos que precisam de nós. Todos podemos ser solidários e fazermos isso de modo concreto, dando cestas básicas para quem precisa, pagando um café para uma pessoa na rua, oferecendo este lado cristão e de fé para as pessoas. Deus está conosco e vamos vencer mais este desafio com inteligência e respeito.


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